quarta-feira, 29 de julho de 2015

O fim da modinha


          Saudações amigos e amigas. Tudo bem? Bom, depois de um enorme hiato sem aparecer por aqui retorno com a minha opinião sobre o último assunto: se o Sertanejo Universitário era/é só uma modinha? 

          Mais de um ano se passou e vários nomes que estavam estourados na época já foram esquecidos e somente aqueles que trouxeram algo de diferente permanecem em evidência. Os tradicionais sertanejos (Zezé e Luciano, Bruno e Marrone, Leonardo etc.) continuam lançando suas músicas e elas logo viram sucessos. Também têm aqueles que não são tão “velhos”, como Eduardo Costa e César Menotti e Fabiano, e que apostaram em regravações de clássicos sertanejos e continuam em foco. Dos considerados universitários, podemos dizer que continuam no auge Jorge e Matheus, Gusttavo Lima, Luan Santana, Fernando e Sorocaba e mais uns dois ou três. Jorge e Matheus apostam num arranjo com variados instrumentos e no peso da guitarra de Matheus. Gusttavo Lima é o cara dos agudos e das letras românticas, algumas até consideradas “bregas”. Luan Santana apostou num CD acústico e Fernando e Sorocaba acertam sempre no arranjo das canções e no uso da tecnologia, porém, não capricham tanto em suas letras.

Fernando e Sorocaba/Reprodução

          Deste último ano para cá, a dupla Marcos e Belutti se firmou no mercado nacional e os irmãos Henrique e Juliano são os caras da vez. Os últimos têm apresentado canções românticas, onde as letras são bem maiores do que as músicas chicletes da atualidade, e que mesmo assim elas acabaram conquistando o público. 


          O que pude notar nesse tempo longe é que as músicas que falam em ostentação sejam de dinheiro ou mulher, com o tema de bebida, até fazem sucesso, mas não possuem força para permanecerem e isso vai fazer com que daqui cinco ou dez anos, ninguém nem saiba cantar aqueles refrãos cheios de rimas pobres. Outro ponto é o carisma e a “beleza”. Aqueles que os possuem acabam tendo certa vantagem, já que o talento, muitas vezes é deixado de lado. 
         Por fim, os bons cantores sempre serão lembrados e suas canções sempre reproduzidas pelos meios de comunicação e pelos apreciadores.
        
Ulisses Souza
twitter:ulissesjfsouza

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Será que é só modinha?

   Outro dia, assistindo o Programa do Raul Gil do SBT, ouvi um dos jurados do quadro JOVENS TALENTOS falando do momento que vive o sertanejo no universo musical atual. Na ocasião, uma dupla bem jovem se apresentava, um tocava viola, o outro um violão, e eles interpretaram uma canção composta por Tião Carreiro, um dos ícones da música sertaneja tradicional. 
O avaliador em questão parabenizou os cantores, mas disse que aquele tipo de sertanejo não era comercial e que eles repensassem sobre o assunto. Em seguida veio a falar outro jurado e a opinião era totalmente contrária. No início ele concorda que os dois se apresentaram muito bem, com uma boa harmonia e com as vozes muito bem casadas, logo após discordou do seu companheiro de bancada. De acordo com ele esse “sertanejo” é temporário e que apenas modinha, e que o sertanejo que a dupla havia cantado era o de verdade, aquele que sempre teria espaço na mídia, e que tem o seu mercado.

   Bom, cada um tem sua opinião, mas é você, acha que esse “sertanejo”, que dizem ser universitário, é passageiro? Ou ele deixou de ser modinha e vai perdurar por um bom tempo nos nossos ouvidos?

Deixe sua opinião!!

No próximo post eu trago minha opinião sobre esse tema, falando dos dois lados da moeda e claro, repercutindo a opinião de vocês.

Ulisses Souza

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O conteúdo já não é o ponto principal

   O sertanejo universitário é um ritmo dançante, empolgante e com letras bem diferentes daquelas que o originaram. Com um tamanho menor e mais fácil de ser decorado, ele se tornou a famosa música “chiclete”. Quem ouve uma vez, até mesmo aqueles que não são fãs do gênero, ficam com a música na cabeça. Quem é que nunca sussurrou o “Ai se eu te pego” do Michel Teló?

Aí se eu te pego (Fonte: Internet)

   Essa nova fase do sertanejo angariou um público que antes não ouvia esse estilo musical, porém, junto com sucesso vieram alguns exageros e em seguida várias críticas.

Gian (Fonte: Arquivo Pessoal)
   O estudante Gian Rezende nos contou que para ele música tem que ter poesia e que no sertanejo universitário isso está em falta. Perguntado se as letras são pobres ele responde: “Eu acho que falta um pouco mais de criatividade e de poesia, não que eu esteja falando que é ruim, cada um tem seu gosto próprio, mas acho que eles poderiam trabalhar mais, colocar algo mais poético e com rimas melhores, saindo do 'bara bara bere bere'”.
Gian ainda prefere o sertanejo antigo ao atual: “Eu prefiro o sertanejo, sertanejo mesmo. Tem bandas universitárias que eu gosto também, como Jorge e Mateus, Victor e Léo, mas eu prefiro mil vezes mais o antigo, como Leandro e Leonardo. Por mais que falem que é brega, as músicas antigas eram mais bem trabalhadas”.

Magno Pires (Fonte: Ulisses Souza)
   O radialista Magno Pires diz que gosta das melodias, mas que o conteúdo sexual e a ostentação acabam manchando essa nova fase.  

Seluana Horácio (Fonte: Ulisses Souza)
   A discotecária Seluana Horácio comenta que as músicas atuais são muito pequenas. “Quando é animada fala em cerveja, mulher, sair pra balada, quando é muito lenta, passa a ser muito melosa, fala do cara que perdeu a mulher e está sofrendo por amor”. Sobre sua preferência ela completa: “Depende do momento, claro que o sertanejo antigo tem sua história, tem o seu lugar no mercado musical, até porque foi ele que originou o sertanejo de agora. Eu prefiro o mais antigo, porque tinha mais conteúdo, tinha letra, se preocupavam com a melodia da música, com a história que ela iria passar.”



 O estudante Matheus Brum é um dos apaixonados pelo estilo. Na opinião dele existe um  sertanejo para cada ocasião. Veja no vídeo ao lado.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  


Juliana Santos Rocha (Fonte: Arquivo Pessoal)




A professora de música Juliana Santos Rocha, formada no 

Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro, além de deixar a sua opinião sobre o sertanejo universitário, também fala da parte teórica, o que mudou de fato que permanece igual aos tempos de Tonico e Tinoco. 



Ulisses Souza

sábado, 18 de janeiro de 2014

CHITÃOZINHO E XORORÓ E A VOZ PERFEITA

           Vou começar o post de hoje de uma forma diferente. Depois do sucesso de O erro de Zezé Di Camargo, que a cada dia tem mais acessos aqui, hoje resolvi falar de uma dupla que é uma das mais prestigiadas no meio sertanejo.
            Nascidos no estado do Paraná, eles têm mais de 40 anos de estrada e mais de 30 milhões de CDs/DVDs/Discos vendidos. Esses irmãos apresentaram programas de TV nas principais emissoras do país. Primeiro no Sbt, depois na Rede Globo e na Record. Participaram duas vezes do Especial Roberto Carlos, além de gravar uma música em parceria com ele, "Arrastou uma Cadeira", canção que foi sucesso nacional.
           Gravaram em 1993 a canção "Words" com os Bee Gees para o disco Tudo por amor lançado em português e espanhol. Além de "Words", o disco tinha canção "Guadalupe" que fez parte da trilha da novela de mesmo nome transmitida pela Telemundo. O sucesso desse trabalho foi tão grande que a dupla conquistou em julho daquele ano o primeiro lugar do "Hot Latin Singles" na parada norte-americana da revista Billboard, só Roberto Carlos tinha conseguido essa marca em 1989.
           Em 1994, gravaram a canção "Ela não vai mais chorar" (She's Not Cryin" Anymore) com o cantor de música country Billy Ray Cyrus para o disco Coração do Brasil.
          Em 2005 a dupla foi homenageada no Carnaval de São Paulo pela escola X-9 Paulistana com o enredo "Nascidos pra cantar e também sambar", o resultado foi um 2º lugar para a escola.
           Uma carreira e tanto!  
           


           Pois é, estamos falando de Chitãozinho e Xororó. Dupla de cantores que é querida no país inteiro e que é respeitada por grande parte da classe artística.
           Agora, peço licença a vocês para falar especificamente da voz de Xororó. Potente, gostosa de ouvir e que graças à técnica utilizada pelo seu dono, se manteve intacta nos mais de 40 anos de carreira. Um cara que soube poupar nos momentos certos, que não se esgoela e, sabe o quê está cantando.
          Por isso todo respeito e homenagem a essa dupla que soube se modernizar com o tempo e nos últimos anos gravou até mesmo com a banda de rock Fresno, que diga-se de passagem ficou bem legal. E parabéns ao Xororó, o pequeno de tamanho e enorme no talento.Vejam como ficou a música "Evidências": 



Continuem acessando o blog MusicaSerta!!
Em breve mais uma publicação para vocês!

Ulisses Souza

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Jorge e Mateus: “A gente vive de música, não de aparecer em TV”

Com muita chuva, e com mais animação de sobra, a dupla Jorge e Mateus se apresentou na madruga de ontem, em Caldas Novas, em Góias, no famoso festival Caldas Country.
A dupla fez a festa da galera ao cantar seus maiores sucessos, e o Jorge se lançou na chuva mesmo e animou a galera ao extremo. Conversaram com os fãs e claro, recebeu os presentes que eles jogaram no palco.
Foi a oitava apresentação da dupla no festival e os dois participaram de todas as edições e sempre com lotação máxima.

Jorge e Mateus - Caldas Country 2013

A dupla mais uma vez deu declarações fortes, mas isso já é uma marca dos dois. Eles possuem muita personalidade.
Jorge acredita que um dos motivos da visita frequente ao evento seja exatamente este. “Qualquer artista tem que ter conteúdo. Se não tiver conteúdo de uma forma geral, não vai fazer uma carreira longa. Não tem jeito de você ser um artista de uma música só e vir oito vezes em um mesmo festival”, afirmou o cantor.
“A gente não quer viver de ilusão. A gente não quer ter uma música estourada, nossa cara estampada em todos os jornais, mas ter um trabalho que as pessoas não conhecem”, completou Mateus, que torce para que o trabalho da dupla sirva de exemplo para outros artistas. “Tomara que esse tempo ensine a galera o que é realidade. Você tratar bem todo mundo, fazer um trabalho de base e acho que isso vai peneirando e a galera vai entendendo isso daí”.

Concorda com o que a dupla disse?
Deixe sua opinião, aqui você pode se expressar!
Dê sua sugestão de pauta.
Grande abraço!


Ulisses Souza


terça-feira, 12 de novembro de 2013

Thaeme anuncia Gui Bertoldo como novo parceiro

Gui Bertoldo, ex-vocalista do grupo Tradição, foi apresentado ontem em seu novo posto: parceiro musical de Thaeme. Com a saída de Zé Servo do projeto, Thaeme e Thiago está em nova formação. O show de estreia acontece depois de amanhã, em Cordislândia, Minas Gerais.
Gui Bertoldo nasceu no Rio Grande do Sul, tem 24 anos e formou a primeira dupla na companhia do irmão, aos 13 anos de idade. “Meu primeiro brinquedo foi uma sanfona”, contou ele, que logo depois, ingressou em uma banda baile, antes de substituir Michel Teló no vocal do Grupo Tradição. Entrando pela segunda vez no lugar de um artista já renomado, Gui prefere não pensar em comparações. “Prefiro manter o projeto e pegar o meu melhor para somar na dupla”.
Thaeme e Gui Bertoldo
Durante a apresentação do cantor, Thaeme mostrou-se bastante animada com o novo parceiro de palco. “Assim que o Fernando (da dupla com Sorocaba) me mostrou o vídeo do Gui, pensei: ‘tem que ser ele’. E deu tudo certo. Ele tem tudo a ver comigo, é minha cara. Além de ser um multi-instrumentista, cantar muito e ter uma bagagem musical muito grande”, elogiou a cantora, que disse ainda que o trabalho da dupla está renovado, mas mantendo a essência do projeto Thaeme e Thiago.


Vamos aguardar e ver se a nova formação de Thaeme e Thiago será tão cheia de sucessos como a atua!


Informações do Portal IG!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Chitãozinho e Xororó são obrigados a pagar 1, 1 milhão de reais

  Os sertanejos Chitãozinho e Xororó terão de pagar 1,1 milhão de reais ao guitarrista Paulo Chagas, que trabalhou por dez anos com a dupla, entre 1990 e 2000. Ele foi demitido , por meio de um telegrama, sob justificativa de uma reestruturação da banda.O músico, que participava de turnês, programas de televisão e rádio, foi à Justiça para receber horas extras, férias, 13º salário, FGTS e um adicional de 40% por ter exercido a função de backing vocal juntamente com a de guitarrista, de acordo com informações do site do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
No início do processo, Chitãozinho e Xororó teriam alegado que o músico nunca havia prestado serviços para a dupla e que atuava apenas como autônomo agenciado pelas empresas Sunshine, Homero Propaganda e Rudoj Promoções, responsáveis pelas apresentações dos irmãos em casas de show, clubes e rodeios, e também pelo 

pagamento dos cachês relativos a esses serviços. As agências, por sua vez, alegavam que não havia vínculo trabalhista entre as partes e que a participação do músico em shows era esporádica.

Os argumentos foram analisados pela 6ª Vara do Trabalho de São Paulo, que julgou improcedente a reclamação trabalhista por falta de provas de que o músico prestava serviços aos sertanejos com regularidade. Paulo Chagas, então, recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região de São Paulo e, após treze anos, teve o vínculo trabalhista com a dupla reconhecido, sob o argumento principal de que o guitarrista cumpria horário e inclusive lhe era exigida pontualidade, o que não condiz com a realidade de um autônomo. 

Segundo a assessoria de imprensa de Chitãozinho e Xororó, a dupla não irá recorrer, apesar de discordar da decisão.
O texto é do jornalista da Veja, Rafael Costa!!!